Dia D

Hoje foi o dia em que a nossa ascensão começou.

12horas (hora local) e o Nuno descolou, pouco depois o Cláudio e, por fim, o Américo. O dia estava a funcionar muito bem embora o tecto estivesse baixo – 3.200 metros o que, neste local é muito perto do chão que se encontra a 2.500 metros.

A imprensa encheu por completo a descolagem e, mais tarde, o céu. Sendo que muitas câmaras foram transportadas em bilugares.

A Manga foi tradicional para o local e desenhada para a grande quantidade de público que se deslocou à descolagem - espera no Peñon, start no vale em frente à descolagem, seguindo-se depois o turn point no final da crista a norte, a vinda ao plano contra vento, o que dificultou a acção dos pilotos, de seguida a entrada na zona da confluência que permitia duas opções diferentes marcadas por 2 linhas de nuvens. A que passava na zona da descolagem revelou-se mais eficaz, favorecendo os pilotos que tomaram essa opção. Mais à frente, os pilotos tinham de ir a um turn point no planalto onde a sombra dificultou o andamento. Ainda assim, escolhendo as melhores linhas era possível andar bastante rápido sem necessidade de subir. Antes do último ponto, ainda na zona de confluência, os pilotos acabaram por se aglomerar com cruzamento de rotas, umas para um lado outra para o outro, o que permitia identificar claramente as melhores zonas de ascendência. O ataque final à zona de chegada foi efectuado com o máximo de velocidade possível a cada piloto, num final clássico com cruzamento do lago e aterragem em Valle de Bravo com uma moldura humana gigante que aplaudia cada um 108 pilotos que chegavam (ver fotos e vídeo).

O Cláudio andou sempre muito bem posicionado e, no final, conseguiu manter um andamento bastante agressivo o que o conduziu aos primeiros lugares da prova.

O Américo também iniciou a prova numa boa posição, tendo tomado uma opção que o atrasou relativamente ao primeiro grupo. No ataque à zona de confluência, optou pela linha mais lenta o que condicionou claramente o seu desempenho. Apesar desse facto, conseguiu fazer uma boa recuperação e terminar a prova bem classificado.

O Nuno iniciou a prova com uma excelente performance no grupo dos pilotos de topo, contudo, no ataque ao plano este grupo acabou por ficar baixo e demorar muito tempo a recuperar. Essa diferença de tempo acabou por não permitir a recuperação deste grupo.

A equipa encontra-se bastante motivada e empenhada na surpresa que poderemos causar a cada dia que passa.

Prevê-se um campeonato muito longo com muitas mangas para voar e a velocidade no seu limite máximo a cada dia, já que a qualidade dos pilotos presentes é sensacional.

O cansaço físico virá a acumular-se, prevendo-se que o desgaste dos pilotos comece a surgir lá para o meio da prova, pelo que, o desempenho de cada um poderá estar largamente condicionado a uma adequada prestação diária e a uma sobreposição do estado de forma físico e mental, em que a competência técnica poderá até vir a ficar para segundo plano dado o elevado nível que cada um já apresenta.

---

Slideshow - Dia 1 - 25/01/2009